EQUIPES LOCAIS DA CPT


A Pastoral da Terra não é diferente de outras pastorais e movimentos da igreja: Ela funciona quando são criados grupos locais de trabalho da Pastoral da Terra nas comunidades e nas paróquias.

Quando cheguei como vigário de Nova Mamoré encontrei na paróquia agricultores das comunidades que se preocupavam por assuntos relacionados com agricultura e com a terra. Assim foi criada uma comissão da pastoral da terra que reunia-se na paróquia aproveitando quando tínhamos cursos de formação e reunião de coordenação. Nas reuniões aparecia aquilo que preocupava os agricultores de cada linha: A estrada, o funcionamento das associações, a legalização das terras, os preços dos produtos... As vezes aparecia um conflito numa comunidade: No Porto Murtinho tinha um fazendeiro pressionando os pequenos agricultores para abandonar seus lotes. Na Linha 30 um grupo de jovens sem terra da comunidade ocupou uns lotes e passou a ser ameaçado e despejado. Quando precisava assistência jurídica, o Dr. Segismundo Ernandes, era o advogado que dava assistência jurídica a CPT RO e ajudava a defender os direitos de posse dos pequenos na justiça. Também alguns técnicos, como o Victor e o Carioca, agentes liberados da CPT Rondônia, vieram dar assistência para a Associação GRAMA, com cursos de comercialização e outros projetos.

Hoje não é diferente. Nas comunidades e paróquias onde existe inquietude e preocupação por assuntos de terra e de agricultura, a Comissão Pastoral da Terra se organiza com voluntários: Agricultores, líderes dos movimentos sociais presentes na paróquia, membros das comunidades e do sindicato de pequenos agricultores ligados as igrejas e inclusive pastores, padres e irmãs. Em Rondônia os grupos são formados mais por pessoas vinculadas a Igreja Luterana no Brasil e a Igreja Católica, porém todas as pessoas comprometidas pela terra e com os pequenos agricultores são bem vindos, pois a CPT é uma organização ecumênica, que trabalha aberta as diversas igrejas.

Para uma Equipe Local da CPT ser conhecida, a entidade organiza um Curso de Formação, onde se explica a identidade da CPT, os seus objetivos e como participar melhor da Pastoral da Terra. E repassa informação como participar de algumas das atividades e lutas onde a CPT está engajada no Brasil, a denúncia dos conflitos e da violência no campo, o apóio a Reforma Agrária, o trabalho para ajudar a permanência do na terra, como o trabalho na linha agroecológica, a favor do meio ambiente e da Amazônia, e o combate ao trabalho escravo e degradante. Representantes das equipes de cada Diocese, escolhidos na Assembléia da CPT, formam parte da Coordenação Colegiada e do Conselho Ampliado.

Se em sua comunidade ou em sua paróquia tem agricultores e pessoas que preocupam-se com assuntos ligados a terra, à produção e comercialização dos produtos agrícolas, ao meio ambiente e aos direitos dos camponeses e camponesas, então chame eles para ajudar e formar uma equipe local da Comissão Pastoral da Terra.

J. Iborra, Zezinho membro da Coordenação Colegiada.

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