Alerta vermelha para Amazônia



O ano passado foi dos primeiros, desde que cheguei na Amazõnia no ano 93, que a gente sentiu uma redução notável da fumaça e das queimadas da mata. Porém este ano parece que voltaremos para trás. Me confirmou isso um operador de motoserra, que disse que este ano não faltavam empreitadas para trabalhar.
O ano passado todo o mundo ficou quieto, por causa da operação "Arco de Fogo", e a vinda do exército e da polícia federal.
O pessoal cehgava no sítio com a fotografia satélite dos últimos quatro anos, com as derrubadas que tinham feito. As multas foram bravas. Por primeira vez parecia que realmente o governo queria por um fin na desforestação da Amazônia.
Porém a pressão foi tão forte que conseguiram derrubar a Marina Silva. Aquí muitos celebraram.
Agora Marina Silva, desde o senado, está liderando a oposição a MP428, a medida provisória da regularização fundiária. Se a regularização fundiária todo o mundo concorda que é necessária, ela não concorda do jeito que ela passou no Parlamento dos Deputados. Do jeito que ficou ameaça acabar com toda a floresta amazônica.
Aqui na região da BR429 a regularização fundiária já tem começado. O INCRA vistoria as áreas rurais e legaliza os posseiros até 1900 Ha., a maioria ocupando terras da união. Alguns fazia vinte anos que aguardavam este momento. Maiores ocupações são deixadas para mais adiante.
O próprio governo que tinha incentivado esta ocupação desordenada e caótica. Como mandava o ideário neoliberal, o processo ficou sujeito somente as "leis de mercado", é dizer, as pressões dos mais fortes, poderosos e violentos. Eles se apoderaram da maior parte do território Atualmentew, alredor de 500 famílias são donas duma terceira parte de Rondônia.
Marina Silva está liderando no Senado a oposição à redação atual da MP428 e elga que a forma como foi aprovada pelos Deputados msotra muitos pontos perigosos: Dispensa a vistoria do INCRA, permite que as terras sejam regularizadas em nome de terceiros, e de donos que nem seque r mkoram na mesma cidade, aceita que as terras possam ser vendidas depois de três anos, e compromete a função social da terra prevista na Cosntituição.

Diz Marina Silva: Com os adendos, chancela o festival de grilagem na região e abre portas para mais concentração agrária.É a consagração da política nefasta do fato consumado. Avança-se sobre áreas públicas na certeza de que mais dia menos dia tudo será legalizado. É um convite a surtos futuros de grilagem, na expectativa de mais uma regularização que, como essa, beneficiará os grandes em nome dos pequenos e da "questão social". Segundo dados do Incra, as mini e as pequenas propriedades, de até quatro módulos fiscais ( 400 hectares ), representam 80% do total, mas ocupam apenas 11,5% da área a ser regularizada. As médias e as grandes, que são apenas 20% do total, ocupam 88,5% da área".
Marina Silva acrescenta: "O processo em curso servirá para legalizar e capitalizar grileiros, comprometendo esforços de seis anos do próprio governo para reduzir o desmatamento na Amazônia".
Depois andam falando que são os estrangeiros que querem se apoderar das Amazônia. Na realidade são as elites do Brasil os que estão ficando com todas as terras, à custo de deixar sem nada as comunidades tradicionais e sem terra aos pequenos agricultores.
Pe. Josep Iborra, zezinho

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