Insensatez na Região Amazônica
De: Omiglei da Silva
Em agosto de 2003, a companhia elétrica estatal brasileira Furnas e o conglomerado privado da construção Odebrecht apresentaram, em um seminário no Rio de Janeiro organizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), um projeto para um complexo hidrelétrico e uma hidrovia industrial no Rio Madeira, o principal afluente do Rio Amazonas.
Quase imediatamente, o Complexo Madeira foi promovido como o único projeto energético considerado “essencial” para evitar racionamentos de eletricidade no Brasil durante os próximos dez anos – assumindo, portanto, o papel que, até então, havia sido destinado à represa de Belo Monte, no Rio Xingu. Por mais de uma década, a Eletronorte, companhia estatal de eletricidade, tentou forçar a construção de Belo Monte driblando as disputas técnicas e legais e a forte oposição dos grupos ambientalistas e de direitos humanos. Para justificar a opção por essas mega – hidrelétricas, o governo e o setor privado utilizam a estratégia da ameaça do retorno do apagão, ocorrido nos anos 2001 e 2002.
Pelo fato de a Odebrecht ter sido uma das principais financiadoras da campanha presidencial de Lula e Furnas estar se beneficiando do compromisso assumido por ele de reintegrar o planejamento energético à burocracia elétrica estatal, o projeto Madeira foi revigorado pelo esforço, sem precedentes, do atual governo para forçar o seu processo de licenciamento ambiental a qualquer custo.
Apesar de adotar um discurso de sustentabilidade ambiental, com especial destaque a novos esforços para limitar o desmatamento da Amazônia, o governo Lula insistiu na construção das represas do Madeira, o que acabou por transformar a análise dos impactos do projeto em uma farsa absurda.
O Instituto Brasileiro do Meio ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) foi até mesmo desmembrado para assegurar a rápida aprovação de um projeto de duvidosa viabilidade ambiental, social e econômica.
A Amazônia tem uma história que sempre foi marcada por ambição, ganância, conflitos e trágicos erros cometidos por aqueles que ocupam o poder. Nos próximos anos, novas informações revelarão os interesses por trás do projeto e as manipulações para tentar justificá-lo. No entanto, neste momento, já se especula que, se o Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira continuar sendo construído, ele poderá, no futuro, ser considerado um dos mais devastadores e irreversíveis erros cometido pela administração do governo Lula.
Em agosto de 2003, a companhia elétrica estatal brasileira Furnas e o conglomerado privado da construção Odebrecht apresentaram, em um seminário no Rio de Janeiro organizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), um projeto para um complexo hidrelétrico e uma hidrovia industrial no Rio Madeira, o principal afluente do Rio Amazonas.
Quase imediatamente, o Complexo Madeira foi promovido como o único projeto energético considerado “essencial” para evitar racionamentos de eletricidade no Brasil durante os próximos dez anos – assumindo, portanto, o papel que, até então, havia sido destinado à represa de Belo Monte, no Rio Xingu. Por mais de uma década, a Eletronorte, companhia estatal de eletricidade, tentou forçar a construção de Belo Monte driblando as disputas técnicas e legais e a forte oposição dos grupos ambientalistas e de direitos humanos. Para justificar a opção por essas mega – hidrelétricas, o governo e o setor privado utilizam a estratégia da ameaça do retorno do apagão, ocorrido nos anos 2001 e 2002.
Pelo fato de a Odebrecht ter sido uma das principais financiadoras da campanha presidencial de Lula e Furnas estar se beneficiando do compromisso assumido por ele de reintegrar o planejamento energético à burocracia elétrica estatal, o projeto Madeira foi revigorado pelo esforço, sem precedentes, do atual governo para forçar o seu processo de licenciamento ambiental a qualquer custo.
Apesar de adotar um discurso de sustentabilidade ambiental, com especial destaque a novos esforços para limitar o desmatamento da Amazônia, o governo Lula insistiu na construção das represas do Madeira, o que acabou por transformar a análise dos impactos do projeto em uma farsa absurda.
O Instituto Brasileiro do Meio ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) foi até mesmo desmembrado para assegurar a rápida aprovação de um projeto de duvidosa viabilidade ambiental, social e econômica.
A Amazônia tem uma história que sempre foi marcada por ambição, ganância, conflitos e trágicos erros cometidos por aqueles que ocupam o poder. Nos próximos anos, novas informações revelarão os interesses por trás do projeto e as manipulações para tentar justificá-lo. No entanto, neste momento, já se especula que, se o Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira continuar sendo construído, ele poderá, no futuro, ser considerado um dos mais devastadores e irreversíveis erros cometido pela administração do governo Lula.
Comentários
Postar um comentário
Agradecemos suas opiniões e informações.