mensagem de gratidão pelo pastoreio de Dom Geraldo Verdier

“As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração”.                                                            Gaudium et Spes,  n. 1
 
Dom Geraldo durante um conselho da CPT-RO em Guajará_Mirim.
  
Em comunhão com toda a Igreja da região Pastoral Noroeste, em particular a Igreja de Guajará-Mirim, a Comissão Pastoral da Terra de Rondônia, manifesta sua gratidão a Deus, pela Vida e pelo Testemunho de Dom Geraldo Verdier, durante seu pastoreio junto ao povo de Deus desta humilde região.

Dom Geraldo, discípulo missionário do Pai, celebrou sua Páscoa definitiva, no dia mundial das Missões, 22 de outubro de 2017. Desde muito jovem quis fazer a experiência missionária junto aos pobres que viviam às margens do Rio Guaporé e Mamoré, na fronteira de Rondônia – Brasil e Bolívia, região esta, onde viveu  ao longo de 51 anos, desde que veio da França, seu país de origem.

Como bispo, dedicou a maior parte de sua vida às comunidades tradicionais de seringueiros da extensa rede fluvial da Diocese de Guajará Mirim, aos indígenas e às comunidades quilombolas do Rio Guaporé. Com a chegada da frente colonizadora, se esmerou para dar atendimento às novas cidades que foram sendo criadas pelas frentes migratória no território da referida Diocese.

Somos testemunhas de que foi um grande Profeta, defendeu a Justiça e a Paz, fez-se Evangelho Vivo, na opção e no compromisso junto  aos pobres, sendo  pobre com eles. Do seu legado, destaca-se também o amor, o respeito e a defesa da natureza e sua biodiversidade, a acolhida fraterna as comunidades religiosas, aos sacerdotes e aos missionários que chegaram para desenvolver a missão na Diocese, bem como as novas pastorais que foram sendo necessárias implementar para atender as causas sociais emergentes, como a pastoral indigenista e a comissão pastoral da terra, entre outras.

Em se tratando especificamente da pastoral da terra, destacamos as constantes visitas aos acampamentos, assentamentos e o total apoio e socorro prestado às famílias vítimas do massacre de Corumbiara, ocorrido na fazenda Santa Helina, em 1995, a ponto de ser perseguido pela sua postura de pastor.

A semente do bem plantada na trajetória de sua vida missionária a serviço do Reino de Deus germine em mais vida nos corações de todos aqueles e aquelas que tiveram a alegria da sua convivência, bem como, entre todos os povos que ainda hoje continuam sendo excluídos desta sociedade, que foram seus prediletos.

E como foi pronunciado por ocasião da celebração da devolução do seu corpo a mãe terra,  na Catedral Diocesana Nossa Senhora do Seringueiro, em Guajará-Mirim: "Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados!" Mt. 5

Choramos com todos aqueles e aquelas que choram pela passagem de Dom Geraldo deste mundo para a vida definitiva. Na certeza de sua ressurreição, rogamos o conforto aos nossos corações, pela intercessão de Nossa Senhora dos Seringueiros.


DOM GERALDO VERDIER: Presente! Presente!Presente!

CPT-RO, 

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