Missa em Corumbiara pelas vítimas do Massacre

Transformado em feriado municipal de Corumbiara, nesta sexta feira, dia 09 de Agosto, se celebrará uma missa Na Igreja Matriz, às 09:00 horas da manhá em memória das vítimas. Para o dia 29 de agosto está planejada audiência pública na Câmara Legislativa para tratar sobre as indenizações às vítimas do Massacre

Massacre de Corumbiara: Fotografia divulgada por João Ribeiro.


Recolhemos uma matéria escrita por João Ribeiro de Amorim: "Nesta sexta feira dia 09 de agosto, o município de Corumbiara celebrará os 18 anos do mundialmente conhecido "Massacre de Corumbiara". Esta chacina vitimou vários trabalhadores rurais sem terra. Várias execuções sumárias e torturas cometidas pelo estado em noma da "Lei e da Ordem" ocorreu impunemente. A pequena Vanessa de apenas 06 anos foi transpassada covardemente com um tiro nas costas efetuadas pelos algozes. Torturas físicas e psicológicas que ficarão marcadas para sempre na memória principalmente das vítimas, entre elas várias crianças na época. Porém, até hoje o trauma ainda paira sobre a população corumbiarense. Nenhuma vítima foi indenizada ou reparada pelo Estado pela tamanha barbaridade.... Passaram-se os governos, RAUPP, BIANCO, CASSOL e agora o CONFÚCIO....... E as autoridades insistem em abafar e levar ao esquecimento esta história negra que manchou o estado de Rondônia..... a indenização seria o mínimo que as autoridades pudessem fazer pra minimizar o sofrimento das vítimas, más, infelizmente até agora nada!!!!
Corumbiara jamais esquecerá... !!!
Em Corumbiara, neste dia 09 de agosto acontecerá uma grandiosa missa na Igreja Matriz de Corumbiara, Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, a partir das 09:00 horas da manhã, em um ato em memória dessas vítimas".

JOÃO RIBEIRO DE AMORIM, Diretor Geral da Câmara Municipal de Corumbiara


Por outro lado, Audiência Pública será realizada na Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia, para tratar sobre as idenizações das vítimas de Corumbiara será realizada o dia 29 de agosto, em virtude da realização de mais uma edição do “Grito da Terra” que será realizado nos dias 27 e 28 do mês de agosto.
A audiência pública para tratar sobre as indenizações das vitimas do “massacre de Corumbiara”, ocorrido em agosto de 1995, foi solicitação do presidente da Câmara Municipal de Corumbiara, vereador Nenzinho (PT), que destacou a importância de realizar esse momento de debate e encaminhamentos sobre a situação em que ainda vivem as vítimas do massacre, por acreditar que a retomada da discussão com os poderes, entidades e sociedade pode gerar medidas e ações que assistam às vítimas.




Então,

Chegou-se, aliás, chegamos mais uma vez ao dia 09 de agosto. Há 18 Rondônia tornara-se motivo de noticias para o Brasil e o mundo, com o conflito de Corumbiara. O que se pode ver e ouvir, em relação à terra, 18 anos depois?

Sabemos que a violência no campo não cessou. Talvez mudaram-se os métodos de praticar violência, contra os pequenos e pobres, além daqueles que já sabemos: prisões, despejos, emboscadas, mortes.... Hoje, de modo mais formal, a violência é legalizada e institucionalizada (liminares, reintegração de posse, e é claro, sempre em favor do seu senhor).

O esvaziamento do campo, sem dúvidas, configura a legalização da expulsão das famílias com a prática da retirada das Escolas Rurais, seguida de uma “educação” descontextualizada do biossistema amazônico com tudo o que envolve a vida do povo, objetiva e subjetivamente.

A grande chaga da nossa Amazônia continua sendo o problema da terra, não que ela nos falte, mas que cada vez mais torna-se privativa os donos do capital e do poder, em detrimento de quem necessita dela para viver. E as cidades, cada dia mais, vão recebendo dezenas de centenas de famílias sujeitas a toda forma de insultos políticos, sociais, econômicos e culturais.



“Amazônia, amamos você, contigo queremos viver, hoje e sempre! Empresta-nos do teu verde que ainda resta, desta minguada floresta, e tingiremos nossa ponta de esperança. /De Rondônia ao Amapá, do Acre ao Pará, do Tocantins a Roraima, passando pelo Amazonas caminhamos por trilhas e estradas, numa mistura sagrada de gritos e de danças./ Mártires da caminhada por aqui deixaram rastros de sonhos,/ em cada manhã renascem em nós os seus sonhos de uma nova Amazônia possível e necessária, por Carajás e Corumbiara, um Novo Dia irá chegar. Amazônia será livre dos grilos e saques, de emboscadas e ataques de quem não teme a divindade-Criadora que reina em seu solo, suas águas e suas matas. Amazônia das lendas/Amazônia das tendas que armamos aqui,/ assumimos seus “ais”, com os povos tradicionais,/ de aldeias e comunidades, uniremos campo e cidade para que toda a vida possa ressurgir”.

(Zé Aparecido)




Massacre de Corumbiara: Fotografias divulgadas por João Ribeiro.

Comentários

  1. Quais os nomes das vitimas? Procuro por josefa era cozinheira

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