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Mostrando postagens de dezembro, 2009

2009 termina com violência no campo em Rondônia

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Última hora: Não se confirmou que fosse conflito de terra. Mais uma morte violenta acontecida anoite, dia 29 de dezembro, encerra um ano de conflitos pela terra em Rondônia. O crime, denunciado por telefone na CPT de Rondônia, por uma liderança do local, aconteceu no Assentamento Flor do Amazonas II, na antiga fazenda Urupá, no município de Candéias do Jamari (30 km de Porto Velho). Segundo este informante, a vítima é Gildézio Alves Borges, que teria sido atingido por dois tiros enquanto estava de bermudas lavando as panelas, em um lago próximo a seu barraco. Um vizinho ouviu os disparos e já encontrou ele emborcado dentro da água. O crime aconteceu entre as 19 e 20 horas da noite. Membros da CPT Rondônia e da Comissão Justiça e Paz da Diocese, estão pesquisando as circunstâncias desta morte. A polícia não confirmada como morte devida a problemas de terra, mas tudo indica a vingança como causa, pois a vítima já teria sido esfaqueado fazia poucos meses O agressor acusado é um fazendei

Terra Legal quer regularizar grilagem até em unidades de conservação

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A MAIORIA DOS CADASTROS FORAM REALIZADOS EM RONDÔNIA Segundo dados repassados pelo programa Terra Legal, até setembro de 2009 na Amazônia tinham sido realizados 7.733 cadastros para regularização fundiaria. Mais da metade deles (56%), com total de 4.784 cadastros realizados até setembro de 2009, foram realizados em Rondônia, sendo 36% dos cadastros no Pará e 3% em Mato Grosso. Corresponde a total de 1.401.652 hectares cadastradas na Amazônia. Como se temia, a grande maioria dos cadastros (81%) são de pequenos propietarios, com áreas até 240 hectares, e não corresponde a maior parte das terras: Apenas 530.000 hectares, 38% da área cadastrada. Enquanto que uma minoria (17%) dos cadastros está declarando posse de mais terra que os outros 81% restantes: 770.000 hectares. É dizer, mais da metade das terras (55% da área cadastrada) corresponde apenas a 17% dos cadastrados, que declaram possuir de 4 até 15 módulos fiscais. A MAIOR PARTE DAS TERRAS ESTÁ EM POUCAS MÃOS Isto só faz confirmar

‘No agronegócio não existe essa questão de produção ecologicamente correta’

O agronegócio visa somente o lucro e dificilmente irá ter uma real preocupação com as questões ambientais e relações de trabalho. A opinião é do Coordenador Nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT) Dirceu Fumagalli, que participou da divulgação dos dados preliminares do relatório de conflitos do campo. A região Norte foi a que apresentou os maiores índices de assassinatos e trabalho escravo do País. Em entrevista ao site Amazonia.org.br, 30-11-2009, Fumagalli comenta a elaboração dos estudos de violência do campo e afirma que os dados podem ser ainda maiores. Segundo ele, a única solução para o enfrentamento do problema seria a reforma agrária, tendo em vista a necessidade de se reconhecer as terras tradicionalmente ocupadas e a desapropriação de latifúndios. Eis a entrevista. Como é realizado o levantamento de dados para a elaboração dos relatórios de violência no campo da CPT? A CPT está organizada em todas as unidades federativas, com exceção do Distrito Federal, onde temos o